quarta-feira, 25 de abril de 2012


FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DA ATUAÇÃO DOCENTE

SEMANA 1

Assunto: Papel do ensino na educação

Porque Fundamentos Teóricos-Metodológicos da Atuação Docente?

Por que são  princípios, pressupostos, conceitos teóricos presentes na metodologia usada nas nossas aulas para ensina, com o objetivo que nossos alunos aprendam e que vão alicerçar a nossa atuação docente.

Um dos objetivos desta disciplina é buscar profissionais comprometidos com a aprendizagem dos alunos, constituindo-se num importante processo de transformação da sociedade. Sua teoria é fundamentada em princípios como liberdade e inclusão, e criação, das inter-relações do ensino com as instâncias do humano, do ambiente e do conhecimento. Compreensão do projeto pedagógico, do currículo, da gestão e da docência como possibilidades de viabilização dessas inter-relações.

Refere-se também ao que o professor faz em sala de aula bem como sua função, identidade pessoal e profissional, formação inicial e continuada e ao aluno como aprendente.

Os pressupostos apontam para uma educação conscientizadora, onde a busca por conhecimento é imprescindível, não se limitando apenas ao acúmulo de informações.

Ensinar é transferir conhecimento?

Segundo Paulo Freire, em sua obra “Pedagogia do Oprimido”,o verdadeiro professor deve estar comprometido com a vida, com a ética do pensar e do agir e ele nos propõe como professores, estarmos sempre abertos para aprender, independente da idade em nos encontramos, enxergando a nós e aos outros como seres inacabados, onde o bom senso no seu  fazer cotidiano deve prevalecer, buscando o verdadeiro sentido do que é ser professor, onde ética e estética devem ser parceiros, onde ensinar não é apenas transferir conhecimentos.




O verdadeiro conhecimento se concretiza quando proporcionamos situações próprias a cada etapa do desenvolvimento da criança, respeitando-a em suas particularidades.

Também é na relação que a criança estabelece com as outras crianças, com o professor, com o meio ambiente e até fora do convívio escolar, que a construção do conhecimento acontece, pois são elementos mediadores entre criança e informação, entre conhecimento e desenvolvimento e entre cultura e inovação.


SEMANA 2

Assunto: O ensino (em diferentes correntes pedagógicas) e suas implicações na aprendizagem

O teórico da educação e da pedagogia José Carlos Libâneo enfatiza no texto “Teorias pedagógicas modernas revisitadas pelo debate contemporâneo na educação”, que a pedagogia se ocupa das tarefas da formação humana em contextos determinados por marcos espaciais e temporais e que a educação é uma realidade em mudança, pois estamos num mundo que é ao mesmo tempo homogêneo e heterogêneo, num processo de globalização e individuação, que afeta os sentidos e significados das pessoas e dos grupos, criando múltiplas culturas, múltiplas relações e múltiplos sujeitos.

O autor também salienta que os educadores precisam se dar conta que a escola existe para formar sujeitos pensantes, críticos e autônomos capazes de lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas em face de dilemas e problemas da vida prática e da  necessidade de o professor estar sempre se atualizando, buscando novos saberes, novos métodos, instrumentos que o auxilie na transmissão das informações, apresentando formas inovadoras de aperfeiçoamento como a ciência e a tecnologia.

Desde o início da fase moderna até os dias atuais a contemporaneidade está diante de uma nova visão de mundo, da sociedade e da ciência. Uma vez que ocorrem mudanças em vários campos, consequentemente, novas exigências são requeridas da formação educacional do sujeito onde é preciso voltar o olhar para o papel da educação nesse momento histórico e perceber de que forma a contemporaneidade influencia a vida dos sujeitos.

A modernidade abriu espaço para o surgimento de grandes descobertas científicas, correntes de pensamento, inúmeras teorias que a marcaram profundamente, no entanto surge a contemporaneidade com questionamentos que nos fazem nos valores que devem tomar conta do momento em que vivemos.

Como futuros educadores, precisamos ter claro esses conceitos tão importantes do período histórico  e cultural da civilização, para não sermos manipulados pelo mercado editorial que também disputa espaços de poder misturados com comércio e podermos nos situar teórica e praticamente enquanto sujeitos envolvidos em marcos sociais, culturais e institucionais.

 A pedagogia está a serviço da educação que visa a formação humana.



SEMANA 3

Assunto: O ensino (em diferentes correntes pedagógicas) e suas implicações na aprendizagem

Segundo o texto de Libânio não existe forma de compreender o real, fazer críticas e relações de poder sem passar por processos de desenvolvimento cognitivo e afetivo internalizando conceitos, teorias, habilidades e valores.

Cada ser particular relaciona-se com o outro em um processo de desenvolvimento singular delineado nas relações sociais.

Organiza seu comportamento frente às situações do dia a dia, cujo  processo realiza-se com base na natureza biológica e cultural que caracteriza o ser humano, constituindo assim a história do sujeito.

O mundo contemporâneo é marcado pela incerteza, pela complexidade e pela dificuldade de agregação social. Neste sentido, a instituição escolar pode ser uma potencializadora para as mudanças na sociedade brasileira, onde o aluno constrói um novo conceito de escola em que ela deixou de ser uma referência autoritária, para se tornar um espaço onde o aluno dialoga e é respeitado, sendo assim a escola se torna mediadora no processo de transformação social.

O pensamento pós-moderno propõe uma concepção histórica caracterizando a

razão que além de tomá-la como construção histórica, precisa ser considerada junto com as dimensões afetivas, morais e estéticas que identificam o sujeito.

O desenvolvimento de processos cognitivos interage com o desenvolvimento da consciência, da formação humana e da razão histórica através da racionalidade que resgata a subjetividade, a autonomia da consciência humana, assentada no desenvolvimento das capacidades cognitivas e afetivas de problematização e apreensão da realidade.

Formar a personalidade dos alunos significa que, ao lidar com os conteúdos, o professor também deve considerar as diferenças socioculturais, as identidades pessoais, o pertencimento a culturas específicas, deve  preocupar-se com a formação de motivos éticos e sociais, entre eles, por exemplo, a formação para o respeito à diferença, para o compartilhamento, hibridismo cultural, etc.

Os quatro dilemas enfrentados na pedagogia contemporânea são:

O dilema entre universalismo e relativismo, que consiste em dois lados:

O primeiro é a existência de uma cultura de valores universais e o segundo é a consideração do pluralismo das culturas e das diferenças. Estes dois lados geram inúmeras discussões sobre a abordagem teórica na sala de aula.

Outro dilema decorre do anterior e diz respeito a como organizar a estrutura curricular onde se contrapõem a utilização de um currículo baseado na formação do pensamento científico e de outro com base na experiência sociocultural. Este dilema infere na dúvida de utilizar um currículo e as práticas escolares focadas nas mediações cognitivas como forma de desenvolver o pensamento sem desconsiderar a subjetividade da realidade vivida pelo aluno.

O terceiro dilema enfrentado pela pedagogia é a organização institucional da escola. Não se pode padronizar a forma de atuação escolar sem considerar as particularidades existentes no meio em que esta se insere.

E o quarto dilema resume os anteriores, gera a discussão de compreender e vivenciar melhor as experiências de socialização sem deixar de lado a importância de prover condições intelectuais e organizacionais para garantir a qualidade do ensino.



SEMANA 4

 Assunto: Paradigma Educacional Eco-sistêmico

Foi importante compreender os princípios e pressupostos que fundamentam o novo paradigma educacional, “Pensamento eco-sistêmico que Maria Cândida Moraes defende para a educação, aprendizagem e cidadania no século XXI.

Um pensamento eco-sistêmico tem a necessidade de tornar o sujeito atuante de sua própria história, trazendo suas inquietações e construir juntamente com o convívio em sociedade, sua história de vida. Há também a necessidade da transdisciplinaridade,

Mudança de paradigmas e referenciais implica em mudança de atitudes e hábitos consolidados e os paradigmas utilizados ou não de maneira consciente dirigem nossa práxis cognitiva e regem o lógico e o metodológico a partir de nossa construção teórica. Toda mudança traz consigo resistência na hora de se passar de um pensamento a outro, de uma metodologia a outra, além de desconforto e inquietação, o que provoca uma série de desajustes e conflitos cognitivo-emocionais durante todo o processo. Para tanto a autora propõem a metodologia de desenvolvimento eco-sistêmico, suportada por determinados princípios epistemológicos e compreendida como sendo um processo de construção do conhecimento, no qual se retomam, em diferentes momentos e de maneira interativa e recursiva, os objetivos, as estratégias e visando melhor compreender a dinâmica processual e as mudanças ocorridas.



SEMANA 5

Assunto: Paradigma Educacional Eco-sistêmico    

O pensamento eco-sistêmico tem como base a teoria da complexidade, teorias biológicas e as implicações epistemológicas  decorrentes das descobertas  da física quântica e de seus desdobramentos filosóficos.

Essas teorias consolidam um quadro epistêmico mais amplo e de natureza complexa, diferente do paradigma tradicional que se apóia na separatividade, na fragmentação, na casualidade linear e na suposta ordem.

Deve-se repensar a educação a partir  de novas bases epistemológicas capazes de subsidirem a construção de estratégias inovadoras de ensino e de aprendizagem mais condizentes com a atual  evolução da ciência e da tecnologia e que ao lado de uma formação de qualidade, colabore para a superação da visão fragmentada  da realidade do mundo e da vida.

Os conceitos de complexidade, auto-organização, emergência, autonomia e dinâmica não-linear caracterizam os sistemas vivos, que os são sistemas cognitivos e a vida. As interações que acontecem nos organismos vivos são interações cognitivas, construídas no próprio fluxo da vida e assim mediante ações e reações sujeito e mundo emergem juntos.

A partir desses conceitos alguns pressupostos epistemológicos importantes como a interatividade, auto-organização, criatividade, mudança, inter e transdisciplinaridade, entre outros, são identificados e permitem o desenvolvimento de novas reflexões a respeito das implicações dessas teorias nos processos de ensino e aprendizagem, com possíveis desdobramentos pedagógicos que levam a uma maior fundamentação da ecopedagogia ou seja, de uma pedagogia ecológica voltada para uma melhor compreensão e valorização da dinâmica da vida e dos processos de construção do conhecimento.

A autora identifica alguns princípios estruturantes do pensamento eco-sistêmico que defende para a educação, aprendizagem e cidadania no século XXI, e parte da premissa de que os educadores necessitam aprender a conspirar a favor de uma revitalização dos ambientes educacionais, do resgate da alegria e do prazer em aprender, bem como a importância de se criar ambientes de aprendizagem onde prevaleça a solidariedade, a competência, a amorosidade, a justiça, o respeito e a paz nas relações humanas.

Assim, o Paradigma Eco-sistêmico procura legitimar a conexão entre educação e vida e colabora para a tomada de consciência de que as nossas relações fundamentais com a vida, com a natureza, com o outro e com o cosmo dependem também de nossa maneira de conhecer, de pensar, de aprender a aprender, ou seja, dependem das representações internas desenvolvidas pelos sujeitos e que se revelam nas ações que desenvolvem. Onde não se propiciam processos vitais tampouco se favorecem processos cognitivos, já que ambos estão imbricados na corporeidade humana.



SEMANA 6

Assunto: O projeto pedagógico/currículo em ação

O Projeto Político Pedagógico é um documento que organiza e planeja o trabalho administrativo-pedagógico, buscando soluções para os problemas diagnosticados, estabelecendo princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Sua dimensão político-pedagógica pressupõe uma construção participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares. Por ser um ser histórico, se faz necessário compreendê-lo em cada momento da história e nas relações que estabelece com seu meio, pois se constrói enquanto sujeito e adquire autonomia e valores essenciais para o convívio social tais como, respeito mútuo, solidariedade e afetividade. O projeto político pedagógico de uma de uma escola tem como função garantir avanços na aprendizagem de todos os alunos, criando um ambiente em que professores, funcionários e alunos aprendam juntos de forma articulada entre rede de ensino, gestores e comunidade escolar

Investir na formação continuada dos professores, zelando pela aprendizagem do aluno e construir uma escola democrática são objetivos de um projeto político pedagógico.

O currículo escolar deve estar voltado para a diversidade cultural da comunidade escolar e aorganização do tempo escolar deve trabalhar de forma a permitir os encontros dos professores para planejamento, estudos e discussões interdisciplinares.

Nessa perspectiva a missão da escola é oferecer um ensino de qualidade para que o aluno possa atuar de forma crítica e participativa na sociedade, pois planejar um projeto político pedagógico é refletir sobre os desafios da realidade da escola e da sala de aula, perceber as necessidades e buscar formas de enfrentamento, comprometendo-se com a transformação da prática educativa.

A escola deve repensar sua funcão social e histórica, fortalecendo os princípios da igualdade, da liberdade, do reconhecimento do pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, buscando garantir a qualidade do processo ensino aprendizagem, confrontando os saberes trazidos pelo aluno com o saber elaborado, na perspectiva da apropriação de uma concepção científico/filosófica da realidade social, mediada pelo professor.

E sendo responsável pela educacão, tem a funcão histórica de organizar, sistematizar e desenvolver as capacidades científicas, éticas e tecnológicas de uma nação, isto porque, o conhecimento é o instrumento fundamental do homem para alcançar êxito pessoal e coletivo, bem como, de compreensão e de transformação da natureza e da sociedade.



SEMANA 7

Assunto: A gestão/docência em situações de ensino

Passa-se a usar o termo gestão escolar quando os antigos fundamentos de administração educacional tornam-se insuficientes, embora importantes, para orientar o trabalho do dirigente educacional. O termo passou a ganhar corpo no contexto educacional acompanhando uma mudança de paradigma. Caracteriza-se pelo reconhecimento da participação consciente das pessoas nas tomadas de decisões sobre a orientação e planejamento de seu trabalho. O conceito de gestão está associado ao fortalecimento da democratização do processo pedagógico, à participação responsável de todos nas decisões necessárias e na sua efetivação mediante um compromisso coletivo com resultados educacionais cada vez mais efetivos e significativos.

Para que a escola possa se organizar democraticamente e atingir seu objetivo maior é de fundamental importância o trabalho da equipe pedagógica e diretiva da escola.

É o gestor que responde pelas ações institucionais e pedagógicas desenvolvidas e pelos resultados obtidos, contudo, é necessário que ele programe

um método de gerenciamento que permita a participação de todos no planejamento das ações, construindo assim, o aprendizado contínuo da equipe, e divisão do trabalho.

As práticas administrativas diferenciam-se das práticas educativas, pois a tarefa do diretor não traz consigo a experiência das relações de uma sala de aula.

As ações administrativas são normativas e autoritárias.

Numa escola, a qualidade da educação é interesse tanto da equipe escolar, quanto dos alunos e de suas famílias, além do estado, das autoridades educacionais e da nação como um todo. O novo paradigma da administração escolar traz, junto com a autonomia, a ideia e a recomendação de gestão com responsabilidades compartilhadas pelas comunidades interna e externa da escola.

O diretor poderá crescer mais em seus projetos e desenvolver cada vez melhor seu perfil, sendo capaz de solucionar problemas com decisões certas.

Um novo modelo de administrar, além de abrir espaço para iniciativa e participação, constrói princípios como autonomia, emancipação, segurança e conscientização da equipe escolar, alunos e pais. Uma escola de qualidade investe em programas de capacitação de professores e dirigentes escolares com enfoque da capacitação prático e não teórico.

A gestão escolar é processual porque ela precisa ser acompanhada e repensada a todo o momento e com a participação de todos.

Diretores e professores devem se sentir motivados para trabalhar na área em que atuam.


ESTUDANTE: MARIA YEDA MAYRER